14/11/2017

De Montalegre a Sezelhe

Apresentação de Nuno Diniz e Diogo Veladas no Congresso dos Cozinheiros  


Um mapa vago, riscado sobre as dores
incompletas daquele povo inocente e rijo,
como a terra que pisa, inocente e frágil,
como as palavras que não sabem desse amor,
desenhado sem descanso, pelas mãos 

Porfírio e Rosa como druidas
inventam as noites, estrelas e luares
para depois sentados em paz, olharem
o caminho que nunca cruzam
cobertos pelo branco manto debruado a negro

Das mãos dela repete-se a história
recuperada enfim porque há quem olhe,
distante sempre porque mal se toca,
os olhos embaciados na tristeza longa
da cidade ignorante e breve

Nenhuma destas palavras acerta
no que vi, mas sei que estava a verdade
ao alcance das mãos então tremendo
pelo receio de não desenharem tudo
o que coração sentira

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